quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Os diferentes "Amores"

Os diferentes “amores”


“Oi Matheus,
 Meu nome é Eliane, estou escrevendo porque essa é uma forma que vejo que posso desabafar, porque sinto que muitas vezes estou sozinha em minha vida; as pessoas a minha volta não me entendem e sempre acho que elas me aguentam porque têm pena de mim…
Fui casada por 10 anos e tenho uma filha que, hoje em dia, tem 14 anos. Sou divorciada há seis anos e desde então, ainda não arrumei ninguém firme. É claro que tive sim alguns rolos,casinho,  mas nada certo. Hoje, é claro penso muito mais em minha filha do que em mim e por isso continuo sem ninguém.
Sabe, me sinto muito sozinha, às vezes passo dias chorando tentando me entender e acabo sempre pensando que existe algo errado comigo. Talvez você consiga me ajudar ou pelo menos me consolar.
Obrigada…”
Eliane, vamos com calma porque são várias informações em um relato só e vários pensamentos vem a minha mente para que possamos refletir juntas. Em primeiro lugar, a busca pela felicidade não é um presente que ganhamos, ela é uma obrigação que nos é dada no momento que nascemos – ser feliz deve ser sua meta eterna. Imagine uma vida sem amor?! E digo amor de todas as espécies, em todas as suas formas, particularidades e intensidades. Você não acha também merece vivê-lo em toda sua plenitude?!
Ao mesmo tempo, temos que pensar que os obstáculos da vida também são importantes para nos fazer viver intensamente cada minuto e dar valor às pequenas coisas.
Entendo e admiro o jeito que você fala, com tanto amor e zelo, sobre sua filha, mas pense na imensa responsabilidade que você deposita nela quando a coloca como sua ÚNICA forma de amar? Principalmente quando diz que “pensa muito nela e que por isso continua sem ninguém”. São amores diferentes e que devem coexistir em harmonia. Será que ela é feliz vendo a mão sofrer e se sentir tão sozinha?! Como mãe, entendo seu sentimento puro e sincero sobre ela, mas pense que criamos os filhos para o mundo e, depois que eles se vão, sobramos nós e nossas questões.
Não seja tão cruel e fria com você mesma; tente colocar os amores nos seus lugares (cada um dentro daquilo que lhe diz respeito) e se abrir para as possibilidades que a rodeiam. Lembre-se da nosso obrigação de ser feliz e, por mais que sua filha seja uma prioridade, lembre-se que na sua vida, em primeiro lugar está VOCÊ! Não precisa sair desesperada querendo alguém (isso transmite muita insegurança e não é bom), mas esteja pronta e aberta para pequenos sinais que podem estar em sua volta.
E principalmente, quando perceber esses sinais, não tenha medo de se entregar a esse tipo de amor. Lembre o quão gostoso é viver esse sentimento que o poeta Luiz Vaz de Camões tão bem expressou: “Amor é fogo que arde sem se ver / É ferida que dói e não se sente…”. Não tenha medo de ser FELIZ!!!
Com carinho,
Maaatheus Woonkas ''

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Obrigado~Matheus Champion'